Padre é baleado em frente a igreja em Lyon, na França
Primeiras informações são de que o religioso, que levou dois tiros, está gravemente ferido. Agressor teria fugido
Um padre foi baleado em frente a uma
igreja em Lyon, no sudoeste da França, neste sábado (31/10). De acordo com o
jornal francês Le Monde, o religioso está gravemente ferido e o
autor dos disparos fugiu.
Ainda conforme o Le Monde,
o padre, que pertence à Igreja Ortodoxa Grega, fechava o templo religioso, por
volta das 16h no horário local (12h no horário de Brasília) quando foi atacado.
A igreja fica no cruzamento entre as ruas Père Chevrier e Saint-Lazare. Uma
fonte da polícia de Lyon informou que "o padre não estava vestindo com
trajes sacerdotais".
Em Atenas, o líder da Igreja da Grécia,
arcebispo Ieronymos, condenou o ataque em declarações à agência grega Ana.
"Este horror ultrapassa a lógica humana, que uma religião possa armar as
mãos de terroristas, cegos pelo ódio", lamentou Ieronymos.
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O Ministério do Interior da França
emitiu uma alerta, pedindo que a população evite a área próxima à igreja e siga
as orientações das autoridades. O ministro Gérald Darmanin disse que abrirá uma
célula de crise em Paris, junto ao presidente, Emmanuel Macron, e ao
primeiro-ministro, Jean Castex.
Por enquanto, a promotoria
antiterrorista francesa não assumiu a investigação do ataque. De acordo com o
promotor de Lyon, Nicolas Jacquet, uma pessoa foi detida após o ataque.
"Uma pessoa que poderia corresponder à descrição dada pelas primeiras
testemunhas foi detida", informou o promotor, destacando que o suspeito
"não levava nenhuma arma" quando foi detido. Em um curto comunicado,
informou que a investigação continua.
Nice
O ataque ao padre acontece dois dias
após um homem ter decapitado uma mulher e matado outras duas pessoas —
entre elas a brasileira Simone Barreto Silva — em
área próxima a uma igreja em Nice, no sul da França. Ainda não indicação,
porém, que os dois eventos tenham relação. Também não há informações sobre a
motivação do ataque deste sábado.
Após o ataque em Nice, o governo elevou
o alerta antiterrorista ao nível máximo e aumentou o número de soldados
destacados no país para proteger escolas e lugares de culto de 3 mil para 7
mil.
Esses militares terão ainda o apoio de
7 mil membros das forças de segurança, metade deles policiais da reserva, que a
partir de segunda-feira ficarão à disposição dos prefeitos para reforçarem a
segurança.
Com informações da Agência
France-Press