Em assembleia geral realizada na tarde desta segunda-feira (1), os servidores do Sindicato dos Profissionais da Educação Pública (Sintep) decidiram pela continuidade da greve.
No domingo (31), o conselho do sindicato havia apontado para o seguimento do movimento paredista, decisão que recebeu o apoio da base. A paralisação dos professores já chega a 61 dias, caminhando para superar a greve histórica ocorrida em 2013, quando os professores ficaram fora da sala de aula por 67 dias.
Conforme a assessoria do Sintep informou, os profissionais não acataram a proposta feita pelo secretário de Educação (Seduc), Marco Marrafon, que não atende a solicitação dos grevistas quanto ao atendimento à lei 510/2013, que trata da recomposição do poder de compra da categoria.
Na reunião entre o Sintep, a Seduc e o Ministério Pùblico (MPE), Marrafon se comprometeu a cumprir o pagamento do percentual restante para cumprir o piso de maio de 2016, de R$ 2.331,74, no exercício de 2017, sem prejuízos para a "Lei da Dobra do Poder de Compras", No entanto. os grevistas alegam que a proposta é vaga e querem uma alternativa mais consistente para esse ponto de reivindicação.
Após a assembleia, os profissionais seguiram para a reunião onde participariam representantes do MPE, da Seduc, do Sintep e do Tribunal de Justiça (TJMT) a fim de buscar uma conciliação para o atendimento às solicitações e suspensão da greve.
Outras demandas que motivaram os servidores a entraram em greve já foram sinalizadas, que eram a suspensão do projeto de Participação Público Privada (PPP) e elaboração de calendário para a realização de concursos públicos para o setor.
Na sexta-feira (29), o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que os profissionais retornassem ao trabalho, porém o presidente do Sintep, Henrique Lopes afirmou que o movimento não se pauta por decisão e que iria recorrer da decisão.
Na manhã desta segunda-feira (1), a Escola Estadual Liceu Cuiabano havia confirmado a retomada das aulas para esta terça-feira (2). Estima-se que 85% das escolas de todo o Estado estejam paradas e em 16 cidades as aulas retornaram parcialmente.
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